Cristo Concreto
Tenho por ti admiração tamanha
Que também no meu coração
Alguma coisa acontece
Que só quando cruzo a Adalberto Aranha.
Minha carne estremece
É o Sangue em minhas entranhas...
Tu és único,
Templo escondido!
Amo a poesia concreta
De tuas imagens.
Sob o teu concreto
Encontrei o refúgio,
Sobre o teu concreto
Edifiquei a minha casa!
Por entre teus bancos
Cresci, comunguei,
Crismei, casei.
Por entre os espaços
De teus largos bancos,
Vi nossa filha
Nascer, caminhar,
Crescer, comungar...
Ah, tua capela,
Ó Cristo Sofredor!
Ali carregaste
Nossas culpas,
Aliviaste
Nossa dor!
Ah, teus muros!
A Via-Sacra
Dos tempos modernos,
Das guerras modernas,
Dos novos gritos de dor...
Ah, Cristo que se
Ergue
Glorioso
Valoroso
Musculoso
Diante de nossos olhos
E nos olha
Com olhar penetrante!
Muitos não te entendem,
Ó Cristo Musculoso!
Mas nós te amamos,
Ó Cristo Vitorioso,
Ó Cristo Concreto
Do antigo e moderno
Templo da Adalberto Aranha.(André Deschamps)
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