Blog do Grupo de Oração Sangue de Cristo

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terça-feira, 8 de março de 2011

Quaresma - O que é a conversão?


A definição do dicionário Aurélio para a conversão é “o ato de passar dum grupo religioso para outro, duma para outra seita ou religião” e converter-se, “mudar de religião, de partido, opinião, etc.”.

          A fim de alcançar uma melhor compreensão desse fenômeno, no entanto, deve-se tomar a diferenciação entre “conversão instantânea” e “conversão paulatina”. A conversão paulatina deve ser entendida como o processo interior pelo qual o homem decide-se pela vida nova proposta por Deus. Esse tempo de transformação interior é marcado pelo esforço próprio através da ascese, da disciplina, da oração e da reflexão.  Em geral, a conversão paulatina precede a conversão instantânea estendendo-se como um processo subterrâneo ao longo de anos e até decênios. Essa conversão exprime-se de forma sucinta no chamado de Jesus no início de seu ministério: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1, 15)

         A conversão instantânea ocorre “em um momento dado – a hora da graça, o kairós – , [quando] acontece a irrupção metafísica; e sucede com tal ímpeto, que imediatamente aniquila a existência antiga” (Baden, 1969: 15). Essa experiência mística ilumina a existência da pessoa revelando-lhe o sentido de sua vida. A partir dessa epifania – ou seja, a manifestação divina,  – surge uma nova criatura. O exemplo clássico é a conversão de São Paulo, que a caminho de Damasco para aprisionar cristãos, é surpreendido por uma visão em que lhe aparece Jesus ressuscitado. A partir dessa experiência, sua vida é transformada assumindo o chamado ao anúncio do Evangelho.

         Essa classificação encontra eco no sentido teológico da palavra. O Catecismo da Igreja Católica (1993) explicita as duas formas de conversão. Na visão da Igreja, “o batismo é o principal lugar da primeira e fundamental conversão.” (n.1427).   Entretanto, a Igreja aponta uma “segunda conversão”: “Ora, o apelo de Cristo à conversão continua a soar na vida dos cristãos. Essa segunda conversão é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja.” (n.1428).

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